Os ipês sobrevivem em Chapadinha apesar de tudo

Os ipês que sobreviveram em Chapadinha estão crescendo apesar de tudo

Avenida Gustavo Barbosa com ipês amarelos sem cercas

Avenida Gustavo Barbosa com ipês bem cuidados

Avenida Gustavo Barbosa onde um dos ipês (roxo) foi maltratado e a cerca está solta e torta

Estou devendo uma satisfação aos leitores, parceiros e visitantes deste blog por tanto tempo sem postagens. Preciso responder aos e-mails dos que desejam saber o motivo dessa ausência.

Desliguei-me do trabalho na escola Agustinho Ribeiro, onde era lotada, e conseqüentemente não poderia continuar o trabalho com os alunos.

Perseguição política é o principal motivo, pois a gestão Danúbia sempre ignorou meu trabalho e nunca ajudou em nada. Nem transporte, adubo, recursos humanos e/ou materiais, etc., nada. Apenas se favoreceu em alguns eventos com imagens de seus gestores públicos (como João Damiani, Telmo, Antônio, Enir e a vereadora Márcia, etc.) como comprovam fotos e vídeos neste blog.

A secretaria de Educação sem qualquer diálogo começou a colocar faltas mesmo eu estando trabalhando. Quando falei sobre isso prometeram ressarcir os descontos e não o fizeram. Fui recorrer na promotoria pública, não adiantou mesmo com as provas materiais anexadas ao processo. Chegaram a me colocar 21, 22 faltas por mês, mesmo sem procurar saber com a direção da escola se eu estava comparecendo.
Minha decepção não foi apenas com essa gestão pública atual, pois seria surpresa se ao contrário, valorizasse este trabalho e me respeitasse como profissional ou cidadã. Mas sei que infelizmente não sou exceção.

Há pessoas em Chapadinha que usufruem, exploram a natureza e/ou dizem que amam a cidade, entre muitos, o Sr. Barreto, Gilmar/ Masul, tantos empresários, comerciários, Chapadinhamente-nós, Pe. Neves...etc., etc. Apenas elogiaram o projeto e nada mais. A própria Belezinha poderia ter ajudado muito mais, (uma vez doou dois mil reais para o profº Telmo plantar na avenida do Areal numa campanha de Meio Ambiente e onde estão as árvores e o que foi feito do dinheiro?)

Não falo apenas de contribuição material, falo de atitude, colaboração, mobilização. Minha lista é enorme. A própria sociedade que recebe em mãos ou em sua porta uma muda de ipê deste projeto, poucos são os que regam, vigiaram e cuidaram. As fotos do blog já mostraram várias vezes isto em cada avenida. Das árvores plantadas, não tem mais nem a metade. Algumas já estão sem as cercas de proteção; tanto roubaram quanto destruíram.
A lei de proteção ao ipê, sancionada pela prefeita foi apenas para cumprimento burocrático. Liguei para a secretária de administração várias vezes (Dona Jesus) para oferecer 20 mudas que estavam com 2 a 3 metros de altura e que precisavam ser plantadas neste inverno; ela mandou eu falar com seu Antônio ( Sec. Meio Ambiente), que mandou eu falar com seu Reginaldo ( setor de urbanização)... que respondeu que ia falar com a prefeita para poder aceitar as mudas. Depois de tanto esperar voltei a ligar e ofereci novamente e perdi as contas. Seria apenas para ACEITAREM E PLANTAREM na praça do povo ou na entrada da cidade onde estavam ajeitando ( após os nove anos de gestão), ou onde desejassem. Mas, NUNCA RESPONDERAM. Não querem trabalho de qualidade, 'preferem acerola que é melhor'. Será que não tem verba para arborizar ?

Qual o motivo de tamanha desfeita? Só encontro um: eu ter aceitado o patrocínio ( de cercas e mão de obra) da Belezinha nesse projeto. Eu não poderia rejeitar a única ajuda que apareceu. E quando ela se propôs a isto, ainda era em final de 2008 quando ela ainda não tinha pretensões políticas, apenas para divulgação da empresa Júnior Construções. Além disso, era objetivo do projeto plantar na entrada da cidade, no terreno coincidentemente dela.

Enfim, estou decepcionada com muitos chapadinhenses a quem recorri e apenas elogiava o projeto e recebia mudas sem colaborar nem cuidar.

Mas, não me envergonho de ainda sonhar com a beleza que quero deixar para Chapadinha. Gastei meu salário com prazer, tanto nesse projeto quanto com passagens, materiais para dar minhas aulas de Ed. Física e o restante, com Imposto de Renda ( nesse não foi com prazer).

Me resta dizer aos reais parceiros que ajudaram a plantar, cuidaram literalmente e comungam com a ideia do projeto "Adote um ipê para toda vida", que continuo distribuindo mudas. Nunca parei. Todos sabem que este projeto nasceu há muito tempo e não foi para favorecer a gestão pública nenhuma. Vou esperar até que haja uma gestão que ame essa cidade, que respeite e valorize a limpeza, a arborização e queira contribuir com a distribuição de sementes, com o cultivo das mudas de ipês, com a proteção e vigilância contra o vandalismo - por amor a Chapadinha. Nada é eterno! Ainda bem! Melhores gestões virão, espero!